Campinas pode se orgulhar de ter uma empreendedora premiadíssima como Adriana Almeida Justi, fundadora da Adriana Justi Joias Autorais. Aos 59 anos de idade ela tem uma rotina intensa de atividades que vão desde a produção de suas peças, participações em projetos audiovisuais e realizações de eventos, entre os quais o Juiery – Mostra e Venda de Joalheria Autoral, Artesanal e Artística que vai para a sua 10 edição.
Natural de Campinas, Adriana se considera autodidata, mas fez muitos cursos livres e de nível técnico, como formação em música no Conservatório Musical Campinas, desenho de publicidade (Proarte), desenho arquitetônico, teatro (conservatório Carlos Gomes), aquarela – sua segunda paixão, além de cursos e workshops com artistas renomados.
O despertar para o mundo das joias aconteceu aos 42 anos, durante uma fase “entre carreiras”, no qual ela teve a ideia de fazer aulas de ourivesaria com uma paciente do seu marido, que era ourives. “Ela, gentilmente, veio até a minha casa e deu algumas aulas durante mais ou menos três meses. A partir da primeira aula descobri o que faltava na minha vida”, recorda Adriana.
Ela conseguiu unir a paixão pelo desenho e a habilidade para trabalhos manuais. “Então segui fazendo experiências com metais e lendo muitos livros sobre o assunto. Isso foi há quase vinte anos, e nunca mais parei”, revela Adriana.
Hoje, para Adriana, atuar nesse segmento é uma atividade alegre, que alimenta a alma e canaliza suas ideias e intuições para materializá-las com beleza e amor. “Minhas joias são composições intuitivas. Algumas, recebidas em sonhos, outras, em imagens projetadas na mente ou nas paredes”, detalha.
Certas joias que Adriana faz, de acordo com ela, também tem propriedades de equilíbrio energético para quem as usa. “Quem as aprecia sente certa atração por uma ou por outra, o uso constante da joia transforma-se em uma atuação terapêutica, além do valor estético”, ressalta.
Isso, de sua parte, não é intencional todas as vezes. “Mas já fiz peças, sob encomenda, em que medito sobre a pessoa e sobre a sua necessidade e vejo na tela mental a forma correta que a joia precisa ter, além de pedras ou outros detalhes”, acrescenta.
Adriana Justi é uma Alma Inquieta
Adriana se considera uma alma inquieta, por já ter se engajado em muitas atividades. “Dei aulas de piano, fiz artesanato com madeira, fui projetista de móveis, trabalhei com produção teatral e de shows, empresariei músicos, fui instrumentadora cirúrgica, tive uma distribuidora de medicamentos, nem sei como ‘costurar’ tudo isso, mas foi assim”, nos conta Adriana, que atualmente, além de fazer joias, também ministra aulas de ourivesaria e de desenho (de joias e desenho acadêmico).
Ainda na área da joalheria, ela idealizou e organizou o evento Juiery – Mostra e Venda de Joalheria Autoral, Artesanal e Artística – que já teve 9 edições, em Campinas e São Paulo. Este ano o evento reuniu mais de vinte joalheiros autorais, assim como ela, de várias partes do Brasil. Além das exposições dos joalheiros, o evento contou também com palestras dedicadas a profissionais da área, também para leigos e workshops. “Estou planejando a décima edição para 2024, em São Paulo”, anuncia.
Adriana ainda é fundadora do podcast Ouro, Prata e Batom, com quatro temporadas, publicado no Spotify, com duas amigas da área da joalheria. “Esse podcast traz entrevistados, e fala de joalheria, empreendedorismo, moda, artes, humanidades”, informa.
Ela também é integrante do Núcleo de Pesquisa em Design de Joias e Joalheria, do IBGM, que já publicou a Norma Técnica de Desenho de Joias (ABNT), e lançará em breve o Glossário Técnico de Joalheria, onde constam algumas ilustrações feitas por ela, além de outras, feitas por colegas do grupo.
Trajetória Premiada
Adriana pensa que o maior desafio, sempre, é vencer as próprias limitações, em qualquer área, em qualquer profissão. “Superação é vencer essas limitações, procurar sempre ser melhor do que no dia anterior”, aconselha, ao comentar que a maior conquista que pode desejar é a alegria de trabalhar com eficiência, com amor e saber que seu trabalho pode ajudar outras pessoas, ou mesmo, fazê-las sentirem-se mais bonitas e confiantes.
Em termos materiais, ela ganhou uma menção honrosa em Paris, por uma joia que expos em 2012, e também um troféu Staff de Ouro, em 2013. “Outra conquista, que é muito cara para mim, é a parceria de tantos colegas de profissão, autores de joias como eu, que entendem o meu trabalho e confiam nele. Por isso pude realizar as nove edições do meu evento Juiery”, expressa gratidão.
Adriana também adora fazer joias para filmes. Ela confeccionou joias especialmente para personagens do curta-metragem “Atlântida – eu também vim de lá!”, de Fátima Seehagen, vencedor do Festival Curta Cabo Frio. Recentemente fez joias para o filme de longa-metragem “Tração” – de Andre Luis, que teve estreia nos cinemas neste ano, e agora está em plataformas de streaming, como Apple TV e Prime Video.
A empreendedora tem também um capítulo sobre o Juiery publicado no livro “Coleções Minerais do Brasil”, de Carlos Cornejo e Andrea Bartorelli, da editora Solaris. “Também apareço em uma edição do Anuário Circuito Arq+Decor, da minha amiga Carmen Saucedo”.
Ela ainda foi convidada a participar de uma mostra de joalheria contemporânea “Rompiendo Fronteras”, na Colômbia. “E com muita alegria, tenho uma ilustração no livro “Joalheria no Brasil”, de Claudia Dayé, Engracia Costa e Carlos Cornejo”, comemora.
Negócios de Joias
Adriana Justi é uma joalheira autoral, com peças que não se guiam por tendências, priorizando a prata em suas criações. Ela também faz joias de ouro, somente sob encomenda, além de canetas, em prata e ouro, também sob encomenda. “São peças que me dão muita satisfação, embora sejam extremamente trabalhosas por conta da precisão necessária entre as peças”, enfatiza.
“Minhas joias são inspiradas, em sua grande maioria, em formas naturais, botânicas. Gosto muito de experimentar, produzir texturas no metal, sempre com leveza. São sempre confortáveis, essa é uma característica muito importante para mim. São materializações de imagens da alma, intuitivas”, reforça.
A empreendedora faz questão de afirmar que trabalha e vive com amor. “Sinto amor por cada etapa do trabalho nas joias que produzo e acredito que essas joias carregam consigo um pouquinho desse amor”, enfatiza, acrescentando que está sempre buscando aperfeiçoamento de técnicas e de modos de viver. “Estou sempre procurando o melhor e vendo o melhor no outro ser humano”.
Produtos e Serviços
Adriana Justi Jóias Autorais produz joias em ouro e prata – brincos, colares, anéis, pulseiras, alianças de casamento especiais (únicas, projetadas para o casal a partir dos gostos, especificidades), canetas e objetos especiais. Ela faz também pequenas esculturas em prata e pedras naturais, que chama ‘joias de mesa’. Entre os mais procurados, estão anéis de noivado personalizados e brincos.
A empreendedora também produz o anel Moebius, que é uma joia que ajuda na proteção contra o stress eletromagnético. Foi desenvolvido pelo Dr. Francisco Vianna a partir de estudos da Biofísica e da biorressonância, é feito em prata 950 ou em ouro 18k com diamante, que recebe gravação de frequências de equilíbrio energético e imunidade (entre outras) em um aparelho alemão de biorressonância. “Ele aumenta o biocampo da pessoa que o usa. Esse efeito é mensurável com auxílio de aurímetro ou de testes cinesiológicos”, informa.
Novidades
Uma das novidades deste ano de 2023 está sendo a nova coleção Flor de Areia, que fez a partir de lembranças de brincadeiras com areia da praia e agora, para 2024, ela tem uma nova coleção para confeccionar, além da realização da décima edição do Juiery.
“Ser empreendedora é colocar a serviço do próximo, da comunidade ou da sociedade, qualidades e aptidões que temos, desenvolvendo-as sempre e fazendo disso um negócio. Para mim o resultado financeiro é uma consequência feliz do trabalho bem feito e bem intencionado”, conclui.
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