“Se eu nascesse mil vezes, mil vezes eu seria advogada”, só por essa citação você consegue mensurar o quanto a advogada Marcela Firminio, de 42 anos, ama o que faz. Natural aqui de Campinas, há quase 14 anos ela atua no jurídico contencioso da área civil, vivenciando os desafios da advocacia em especial na área de família, consumidores, empresarial e responsabilidade civil.
“O meu Ser advogada representa o modo como fui criada e conduzida, fazendo valer a minha justiça, justiça essa balizada no caminho probo, sério e empático quando possível”, afirma Dra Marcela, que comanda o seu próprio escritório, MF Consultoria e Assessoria Jurídica.
Conciliadora da 9ª Vara Cível de Campinas de 2011 a 2013, Dra. Marcela é Graduada pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo- UNISAL – Campinas/SP (2008) Pós Graduada em Direito Contratual – Faculdades Inesp, (2010), Pós Graduanda em Direito de Família – Esa Campinas/SP. Membro do IBDFAM e AASP.
O Início
O despertar para o mundo da advocacia começou no de 2002, quando Marcela foi trabalhar como secretária no escritório da Dra. Márcia Helena Veloso, que na época era casada com o Juiz de Direito Dr. Carlos Ortiz Gomes. “Por meio de todo amor que eles sempre tiveram pelo Direito, fui apresentada e conduzida a este mundo jurídico maravilhoso”, recorda.
Pode-se dizer que eram e continuam sendo seus mentores. “Dra. Márcia, uma advogada confiante e segura de seus conhecimentos e de sua postura, me deixava acompanhar os processos com ela nos balcões dos fóruns, procurar decisões recentes e vivenciar o dia a dia de um advogado”, diz Dra. Marcela.
Em seguida ela fala sobre o Dr. Carlos. “Com a sua inteligência ímpar, me dava a oportunidade de ler suas belas e justas decisões, me fazendo refletir sempre sobre a responsabilidade do seu encargo jurídico acerca daquelas pessoas que dependiam da sua imparcialidade”, reconhece.
Empreendedorismo
No ano de 2007 ela conheceu o Dr. Gustavo Gândara Gai, quando formaram sociedade e juntos idealizaram um escritório que atendia clientes mais na área cível, trabalhista e administrativa. “Foi um início árduo, posto que a captação de clientes, a morosidade dos processos e a urgência sempre das partes, nos fazia conduzir a advocacia por amor e fé”, recorda.
Juntos eles atuaram sempre por uma advocacia aberta, sem promessas de algo impossível dentro do Direito e isso deu muito certo. “Por conta disso, as indicações que nos foram sempre o carro chefe dos nossos escritórios, que hoje seguem apartados, mas por meio de uma deliciosa parceria”, enfatiza.
Desafios
Entre os desafios na vida profissional, Dra Marcela cita o ajuste da morosidade do judiciário, tendo em vista a grande quantidade de processos a que os fóruns são acometidos com a urgência do cliente. “O desafio até hoje sempre nos é um ‘Não’ em decisões que muitas vezes são injustas, mas que nos faz estudar mais e pleitear um ‘Sim’ em outras instâncias, quando possível”, reitera.
A advogada Marcela tem como filosofia de vida e de trabalho ser ética, justa e empática. “Quando você se coloca no lugar do outro para realizar suas tarefas laborais, o trabalho flui, o profissional ganha credibilidade, pois executa o que lhe foi incumbido com amor e responsabilidade”, acredita.
Preconceito
Quando se fala em preconceito por ser negra, Dra. Marcela devolve com uma pergunta. “Qual negro que nunca?” em seguida responde enfaticamente que sim e que ainda enfrenta preconceitos por conta da sua cor de pele, raça e etnia. “Se é coisa do passado, nossa… Como gostaria que não tivesse sido, ou que fosse”, diz desapontada.
A única certeza que ela carrega é que isso não a diminui enquanto pessoa e profissional. “Da forma como fui criada pelos meus pais, razão da maior parte da formação, parafrasearei Mário Quintana, para ilustrar meu pensamento acerca das posições racistas, há essas pessoas que emanam seus posicionamentos racistas: …. “Eles passarão…/ Eu passarinho”, responde com poesia.
Empreendedorismo Feminino
Para Dra. Marcela, as mulheres sempre tiveram seu papel fundamental dentro do empreendedorismo. “Podemos dizer que já nascemos empreendedoras, seja no manejo doméstico ou na condução das nossas profissões afora”, diz, lembrando que as mulheres têm um papel relevante na busca por “uma sociedade mais aberta, mais respeitada e acima de tudo, não menos importante que os homens, iguais ou ainda superiores a eles”, destaca.
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